Autores: Holly Black, Ally Carter, Matt de la Peña, Gayle Forman, Jenny Han, David Levithan, Kelly Link, Myra McEntire, Stephanie Perkins, Rainbow Rowell, Laini Taylor, Kiersten White
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
“Natal tem a ver com novos começos..”
Particularmente, eu não sou uma grande fã de contos e
antologias. Já gostei muito. Inclusive, na época da faculdade, li dezenas e
dezenas de contos para as aulas e/ou por curiosidade mesmo. Mas hoje não mais.
Assim, quando comprei O presente do meu grande amor, levei
mais de um ano para ler. E qual não foi minha surpresa, ao gostar muito do
livro? Sim, porque não sou fã de contos, mas eu adoro o Natal e toda a
magia/fantasia/misticismo/breguice/purpurina que permeiam o mês de Dezembro.
Dessa maneira, fiquei muito feliz ao constatar que caí de amores pelo livro. Obviamente
não amei todos os contos, mas gostei muito da maioria deles, e vou tentar falar
um pouquinho de cada um aqui:
“Meias-noites”, de Rainbow Rowell. O conto descreve quatro
noites de Ano Novo em diferentes anos: Mags e Noel se conhecem no primeiro e
continuam se encontrando e tornando-se mais próximos nos anos seguintes. É bem
aquele clima de romance entre melhores amigos e tão doce quanto se pode ser durante
as festividades de Dezembro. Gostei muito desse primeiro!
“A dama e a raposa”, de Kelly Link. Todos os anos, na noite de
Natal, a jovem Miranda é visitada por um desconhecido, sobre quem ela procura saber
mais e, eventualmente, por quem acaba se apaixonando. Há um tom melancólico no
conto, mas mesmo assim acho que vale a leitura. Não foi meu conto favorito, mas
ainda posso afirmar que ele faz parte dos contos que gostei.
“Anjos na neve”, de Matt de la Peña. O calouro Shy Espinoza,
primeiro membro de sua família a conseguir ir para a faculdade, está tendo um Natal
escasso e solitário, até que ele conhece sua linda vizinha Haley. Esse é um dos
contos mais fofos do livro e um dos meus preferidos também! O livro já vale só
por causa dele.
“Encontre-me na Estrela-do-norte”, de Jenny Han. Neste conto, o
Papai Noel tem uma filha humana adotiva chamada Natalie, que está perdidamente –
e sem esperança – apaixonada por um elfo. O conto começa muito bonitinho e
mágico, mas, na minha opinião, acaba bem bleh. Tenho que dizer, eu sou fã de
Jenny Han e adoro todos os seus livros, sem exceção. Porém, sinceramente, acho
que ela não foi feliz na escrita desse conto. Esse foi um dos que eu não
gostei.
“É um milagre de Yule, Charlie Brown”, de Stephanie Perkins.
Aqui conhecemos Marygold, uma chinesa filha de hippies, que quer comprar uma
árvore de Natal, e North, o rapaz fofo que a vende a dita árvore para ela e
despenca em sua vida da forma mais doce e fofa possível. Além de doce e fofo, o
conto é bem engraçado, o que já deixa bem claro que esse também foi um dos meus
favoritos. Amei a história desses dois! <3
“Papai Noel por um dia”, de David Levithan. Um rapaz judeu
recebe um pedido que mais parece um desafio: fantasiar-se de Papai Noel e fazer
uma surpresa para a irmã caçula de seu namorado. Vários obstáculos acontecem,
mas o fim acaba satisfatório. Para o rapaz. Apesar de ter achado o máximo ter a
história de um casal gay na antologia, achei bem sem graça a história. Não está
na minha lista de Gostei.
“Krampuslauf”, de Holly Black. Neste conto, um garoto fantasiado
de Krampus, o ajudante demoníaco do Papai Noel, muda o rumo da história toda. A
história é similar ao “Anjos na neve”, mas com uma pitada de fantasia.
Sinceramente, gostei muito mais de “Anjos na neve”. Não gostei muito deste
conto, não.
“Que diabos você fez, Sophie Roth?”, de Gayle Forman. Sophie é
uma garota de Nova York e caloura numa universidade no interior do país, onde
todo mundo a acha um tanto fresca e garota-da-cidade-grande. As coisas começam
a mudar quando ela conhece Russell, que não só é a única pessoa que a
compreende, como também a ajuda a celebrar o Hanukkah mesmo na terra do Natal.
É um romance inter-racial (Sophie é branca e Russell é negro), o que eu acho
bem legal, e a história passa-se toda em uma noite. O conto é bem-humorado e
alegre, eu gostei bastante!
“Baldes de cerveja e Menino Jesus”, de Myra McEntire. Neste conto,
um adolescente de má reputação é obrigado a fazer parte da encenação de Natal da
cidade como castigo por suas últimas práticas desastrosas. Isso o aproxima de
Gracie, a filha de um pastor, que é a filha exemplar, sempre gentil e pronta a
ajudar quem quer que seja. Este conto também é muito fofinho e engraçado, e
traz aquela velha lição de moral de que o amor pode transformar tudo.
“Bem-vindo a Christmas, Califórnia”, de Kiersten White. Maria
não vê a hora de deixar sua cidade natal chamada Christmas, na Califórnia, para
se mudar para uma cidade “de verdade”. O problema para ela é que, como o
próprio nome da cidade diz, é Natal. Todos os dias. O ano todo. A cidade tem
decoração natalina fixa e o comércio é todo temático, o que atrai muitos turistas,
mas está longe de ser divertido para Maria, que quer sair de lá o quanto antes.
Até que um rapaz muito fofo e ótimo cozinheiro começa a trabalhar no
restaurante de sua mãe. Rick é super doce, fofo e tem uma habilidade incrível:
ele tem o dom de cozinhar a comida preferida de cada pessoa que entra no restaurante,
sem saber nada a respeito delas. Dessa maneira, Rick mostra a Maria que pode,
sim, haver beleza no Natal, mesmo ele durando o ano todo. Esse também é um
conto muito fofo e um dos que eu mais gostei!
“Estrela de Belém”, de
Ally Carter. Uma garota solitária resolveu fugir de tudo e de todos e acaba
trocando de passagens com uma outra menina que também não quer ir para onde
precisa. Ao chegar ao seu destino, nossa fugitiva encontra-se no meio de uma
família maravilhosa e muito receptiva, que acredita que ela seja a namorada de
um dos garotos ali, e que, obviamente, ela e ele sabem que ela não é. Toda essa
bagunça acontece durante as festas natalinas e ela precisa pensar rapidamente
em como vai sair dessa enrascada. O conto é até bonitinho e tem aquele tom
sentimental. Gostei, mas não está entre meus preferidos.
“A
garota que despertou o sonhador”, de Laini Taylor. Esta é a única história
não-contemporânea. Os nomes parecem irlandeses, a época em que se passa a
história não é mencionada, mas é uma época antes de o Cristianismo ter se
tornado a “religião padrão”. Neve é a protagonista e ela precisa lidar com os
problemas de sua vida e os presentes estranhos que ela recebe nos 24 dias que
antecedem o Natal, só descobrindo no fim quem é seu remetente e o motivo de ela
ter recebido tais presentes. Sinceramente, bem chatinho. Não gostei.
Bem, estes são os contos contidos em O presente do meu grande
amor. Apesar dos contos que mencionei não ter gostado, no geral eu amei o livro
e fiquei encantada com tantos momentos lindos descritos no ali.
Se você gosta de Natal e de coisinhas fofas e adoráveis, O
presente do meu grande amor é o livro perfeito para você ler nesta época!
Recomendo muito!
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