A chama dentro de nós - Brittainy C. Cherry

Título original: The fire between high and lo
Autora: Brittainy C.Cherry
Editora: Record
Série: Elementos - livro 2
Páginas: 350



"Quando encontramos alguém capaz de nos fazer rir quando nosso coração está triste, não podemos deixá-lo escapar. Esse é o tipo de pessoa que muda nossa vida para melhor."



Alyssa Marie Walters é uma adolescente que trabalha em um armazém. Todos os dias, ao sair para o estacionamento, ela vê o cara da blusa de moletom vermelho, que tem uma aura de bad boy e companhias duvidosas que endossam suas suspeitas. Mas mesmo assim, ela tem muita curiosidade em saber mais sobre o misterioso rapaz.

A oportunidade surge quando ele entra no armazém para comprar algumas coisas essenciais e acaba tendo um problema com seu cartão. Tomada de compaixão pelos problemas dele, Alyssa acaba ajudando-o. E assim teve início sua amizade.

Dois anos, sete namoradas, dois namorados, nove términos e uma amizade ainda mais forte depois, Alyssa e Logan (sim, esse é o nome do garoto misterioso) são os melhores amigos um do outro. Não importa o que aconteça em suas vidas, ambos sempre vêm em primeiro lugar um na vida do outro. Antes de qualquer relacionamento, principalmente o familiar, está a amizade deles.

Tanto Alyssa quanto Logan têm problemas com seus pais. Ela é filha de pais separados. Seu pai é um músico que resolveu deixar a família para seguir seu sonho e, embora ela tenha verdadeira adoração por ele, ele está cada vez mais distante. Sua mãe só sabe criticar o que ela faz e dizer que ela está engordando. Nunca tem uma palavra de incentivo ou um elogio pra ela.

Logan tem uma mãe extremamente viciada em drogas – e de quem ele herda o vício, obviamente – e o pior pai que alguém poderia ter: bandido, traficante, que faz questão de manter Julie – a mãe de Logan – viciada e sempre submissa às suas perversidades.

Como podemos ver, nenhuma das duas famílias são boas para nossos protagonistas, mas certamente Logan é o mais ferrado da história.

Nesses dois anos de amizade, tanto Logan quanto Alyssa percebem que estão apaixonados um pelo outro e não sabem muito bem como lidar com isso, com medo de estragar a amizade. Principalmente Logan, para quem acredita que o amor só faz machucar e destruir. Ele tem certeza de que só fará mal a Alyssa se eles se renderem ao amor.

Mas é claro que isso é inevitável e eles se jogam de cabeça no relacionamento. Tudo vai às mil maravilhas, até que uma coisa muito séria acontece e Logan acaba sumindo do mapa, deixando bem claro que não quer ver Alyssa nunca mais.

Cinco anos de desencontros, sofrimentos, ressentimentos e lágrimas depois, eles acabam se encontrando novamente e lutam contra antigos sentimentos, com medo de se machucarem novamente. Mas essa não é a única luta de nossos protagonistas: Erika (irmã de Alyssa) e Kellan (irmão de Logan) estão prestes a se casar e enfrentam um problema muito sério. Assim, Logan e Alyssa precisam, além de lutar contra seus sentimentos, ser fortes para poderem apoiar seus irmãos nessa fase tão difícil.


No começo do livro, achei a história bem legal e não conseguia parar de ler. Gosto bastante de romances que envolvem melhores amigos. Mas com o passar do tempo e à medida que fui conhecendo os personagens, lá veio aquele sentimento de “Ok, já vi essa história várias outras vezes”. É a típica trama de fórmula pronta dos new adults: a mocinha boa, que acredita no amor e na esperança, que ajuda o bad boy super problemático a vencer seus problemas e tudo acaba bem. E isso tirou toda a minha empolgação com o livro.

Os problemas de Logan e sua necessidade exagerada de se drogar não me convenceram, e menos ainda a infantilidade que toma conta dele no que se refere à mãe.

Alyssa, por sua vez, quer ser forte e determinada, dona da sua vida e do seu destino, mas na verdade é aquela garota que sofre com o cara, sofre sem ele, e se submete a qualquer tipo de mau trato por parte dele, apenas para poder tê-lo por perto. Tudo o que eu conseguia pensar durante a leitura era: “Onde está o bom senso desse povo?”.

O amor entre melhores amigos tinha tudo pra ser uma história ótima se fosse bem explorada e desenvolvida, mas, infelizmente, tornou-se, como já mencionei, mais um romance de fórmula pronta, cheio de clichês.


Como entretenimento, cumpriu seu papel. Há romance, sofrimento, lágrimas e redenção. Mas é só. Pra mim, é um livro ok. E como essa leitura eu me convenço, de uma vez por todas, de que o gênero new adult realmente não é pra mim. 



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