Título: Seeker
Autora: Arwen Elys Dayton
Editora: Rocco
Trilogia: Seeker - livro 1
Páginas: 416
"Antes, acreditava que aquela marca seria um emblema de orgulho, mas agora o significado era completamente diferente. Ela havia sido amaldiçoada."
Numa fazenda da Escócia, Quinn Kincaid, Shinobu MacBain e
John Hart estão sendo incansavelmente treinados para se tornarem os últimos Seekers
do mundo, que, segundo o que eu entendi, são – ou deveriam ser – protetores da
humanidade.
Quinn e Shinobu têm 15 anos e são primos, enquanto John tem
16 e chegou há alguns anos na fazenda para treinar com eles.
O objetivo de vida desses três garotos é se tornar um
seeker. Não há nada mais que eles possam almejar tanto. Briac Kincaid (pai de
Quinn) e Alistair MacBain (pai de Shinobu) são os encarregados de treiná-los
até que estejam aptos para fazerem seu juramento e descobrirem todos os
segredos que fazem parte do mundo dos seekers.
O livro já começa com ação, no que claramente é uma parte do
treinamento dos garotos, e já aí nós podemos perceber que John não é querido
por nenhum de seus instrutores e que, por algum motivo, não é do desejo deles
que ele faça seu juramento. Por isso, é com ele que pegam mais pesado durante
os treinamentos.
Durante o treinamento, algo acontece com John e isso o
compromete, tornando impossível que ele faça seu juramento naquela noite.
Assim, fica acertado que ele irá embora no dia seguinte.
Nessa mesma noite, Quinn e Shinobu são levados para fazerem
seu juramento e cumprirem sua primeira missão como seekers. O que eles não
sabiam, era que sua função não era nada daquilo que eles esperavam e que, desde
o começo, tudo o que lhes foi dito era mentira. É aí que tudo muda.
A história é narrada em terceira pessoa e os capítulos alternam-se
entre as perspectivas de Quinn, Shinobu, John e Maud, que não mencionei antes, mas
que faz parte de um grupo de pessoas chamados Pavores, cuja função – novamente de
acordo com o que eu entendi – é cuidar para que os seekers sigam todas as
regras e ordens que lhes são dadas.
Num primeiro momento, achei a coisa toda muito boa, mas, à
medida que as páginas foram passando, eu percebi que eu não sabia o que estava
acontecendo, não sabia o que era um seeker, nem no quando e onde se passa a
história.
“Mas, San, o que é um Seeker?”, é o que você vai me
perguntar, querido leitor. E eu respondo: não sei. Terminei o livro sem saber.
Eu entendi o conceito da coisa, mas não houve uma explicação satisfatória a
respeito disso no livro. Dito isto, continuemos.
Ainda não consigo descrever Quinn de verdade e, pra ser
sincera, nem sei se gosto dela ou não. Já Shinobu, pra quem eu não dava nada no
começo do livro, me surpreendeu muito e tornou-se um querido. E John, por sua
vez, preferiu que nossa relação fosse de amor e ódio. Ora eu o amava, ora eu o
odiava. E ainda não sei se devo amá-lo ou odiá-lo. Simples assim.
Posso dizer que o livro se torna interessante na segunda
metade, quando podemos conhecer Maud um pouco melhor e temos mais mocinhos e
bandidos chegando à trama e, claro, mais segredos.
A trama é boa, não me entendam mal. Eu só acho que, por ser
um primeiro livro, ele deveria ser mais introdutório – leia-se explicativo – e
não encher minha cabeça com mais perguntas do que respostas. E embora tudo
envolva os três garotos, para mim, a personagem mais interessante
definitivamente é Maud. Quinn é muito simples, óbvia. Shinobu é uma bagunça e
John... bem, John é apenas John. Mas Maud, meus queridos, Maud é um enigma! A responsável por eu gostar do livro foi essa jovem Pavor.
Enfim, tão confusa quanto a minha leitura, está sendo esta
resenha, eu sei.
Se gostei do livro como um todo? Não sei. Mas sei que fiquei
com sede por respostas e que eu realmente não esperava aquele fim.
Espero que o próximo livro seja mais esclarecedor e que
possamos ver um amadurecimento e melhor desenvolvimento dos personagens.
É um livro intrigante e, apesar das minhas expectativas, eu
realmente não sei o que esperar do próximo. Veremos.
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