Título original: Remembrance
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Série: A mediadora - livro 7
Páginas: 422
"Quero ficar com Jesse porque ele me faz sentir uma pessoa melhor do que acho que sou na verdade."
ATENÇÃO: Esta resenha contém spoilers para quem não leu os livros anteriores da série.
Desde o primeiro capítulo do livro, estava bem claro que encontraríamos
a mesma velha Suzannah dos livros anteriores.
Agora, noiva de Jesse e vivendo a vida adulta, Suze tem seu
primeiro emprego na administração de sua antiga escola, a Missão Junipero
Serra, o que já nos mostra que o cenário da série também não sofreu nenhuma
mudança drástica.
Todos os antigos personagens também estão presentes: Padre D,
Irmã Ernestine, os irmãos postiços de Suze, Gina, Cee Cee e todo o resto. É
como reencontrar velhos amigos.
E, é claro, tem Paul Slater – sim, ele está de volta. Mais
determinado do que nunca a ganhar o coração de Suze. Para tanto, ele chega ao
ponto de chantageá-la: ou ela se envolve com ele sexualmente, ou ele demolirá a
antiga casa de Suze – da qual agora ele é o proprietário – e Jesse, que terá
seu local de descanso destruído, acabará se transformando num demônio e Suze o
perderá para sempre.
Apesar de Paul não ser o personagem mais querido da série, a
presença dele no livro acaba por trazer um pouco mais de emoção ao livro.
Já as coisas entre Suze e Jesse são sempre doces. Jesse ainda se
agarra às suas crenças de não fazer sexo antes do casamento e Suze lamenta que
acabará criando mais teia de aranha do que o vestido de noiva que ela tem
pendurado em seu closet.
Jesse está trabalhando como um médico residente e está esperando
abrir seu próprio consultório em breve. Embora isso pareça um pouco adulto e
chato demais, não é. Ele e Suzannah ainda são os mesmos de antes, sempre alternando
entre humor e fofura, embora Jesse agora tenha um certo problema para lidar com
sua raiva e violência no que se refere a Paul.
Suze, por outro lado, está mais velha apenas na idade, pois não
amadureceu em nada, o que não é muito animador já que ela tem a mesma
personalidade da adolescência e está num cargo em que, supostamente, ela
deveria ser a CONSELHEIRA da escola.
Pra mim, o desenvolvimento da personagem dela deixou a desejar.
Tudo isso de lado, o mistério sobrenatural do livro é bem bacana
e trouxe elementos mais maduros à série. Há boas reviravoltas, boas surpresas e
lugares nostálgicos também.
Assim, para aqueles que temiam que esse livro fosse estragar a
série A Mediadora, podem ficar tranquilos, pois não estragou em nada e, salvo
pelo fato da imaturidade de Suzannah, a história foi uma grande e ótima
surpresa. Podem ler sem medo!
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