Título original: Maybe someday
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Gênero: New adult
Páginas: 368
“Ei, coração. Você está ouvindo? Você e eu estamos oficialmente em guerra.”
Sydney tem
22 anos e estuda música. Neste momento de sua vida, ela acredita que é feliz e
que tem tudo o que quer. Ama o seu curso na universidade, está apaixonada por
Hunter, com quem já namora há dois anos, e divide o apartamento com sua melhor
amiga, Tori.
Mesmo seus
pais se recusando a pagar a universidade pra ela – eles só pagariam se ela
escolhesse se formar em Direito -, Sydney conseguiu um trabalho de meio período
na biblioteca e consegue se manter. Esta é sua primeira experiência como uma
pessoa independente, morando sozinha, e ela está gostando muito.
Ridge é o
rapaz que mora no apartamento em frente ao de Sydney, do outro lado do pátio.
Ela não sabe absolutamente nada sobre ele, a não ser que todos os dias, às 8h da
noite em ponto, ele aparece religiosamente na varanda de seu apartamento e se
senta ali para tocar seu violão por mais ou menos 1 hora.
Sydney
percebe que ele está compondo e, como a ótima e dedicada estudante de música
que é, ela começa a escrever as letras para as melodias de Ridge sem ele
saber, é claro.
No dia de
seu aniversário, Sydney descobre que Hunter e Tori tinham um caso há muito
tempo e toda a sua vida desmorona. Depois de socar a cara de ambos, ela enfia
suas roupas na mala e sai do apartamento debaixo de uma chuva terrível, para nunca
mais voltar. Só há um problema: ela não tem para onde ir.
E do nada
chega Bridgette, a moça estranha que divide apartamento com Ridge, dizendo que
foi buscá-la e que Sydney pode ficar com eles, pois estão mesmo precisando de
uma outra pessoa para morar no apartamento. Além de Bridgette, há Warren, o
melhor amigo de Ridge, que também mora com eles.
Depois de
resolvida a tensão inicial, Sydney acaba aceitando dividir o apartamento com os
três e, aos poucos, vai se habituando à rotina deles. É aí que ela tem a chance
de conhecer Ridge melhor. Antes ela só poderia admirá-lo da sua varanda, mas
agora a convivência os aproxima e ela começa a descobrir que seu vizinho, além
de lindo, é um cara maravilhoso.
Mas as
coisas não param por aí. Ridge tem uma banda com seu irmão e é ele quem compõe
as músicas da banda. O problema é que há meses ele vem passando por um bloqueio
artístico e não consegue compor absolutamente nada. Quando ele descobre que
Sydney escreveu algumas letras para suas canções, ele pede para vê-las e fica
impressionado. Assim, ele faz uma proposta de parceria: ele compõe as melodias,
Sydney escreve as letras, e a banda grava. Todo mundo sai ganhando.
Os dois
começam então a passar muito, muito tempo juntos, compondo, rindo e
conversando. A atração é inevitável, não há como negar e nem fingir que ela não
existe e tanto Sydney quando Ridge estão bem cientes disso. O problema é que
Ridge tem uma namorada – Maggie – e ela é uma pessoa maravilhosa, de quem
Sydney gosta muito, e a última coisa que ela quer é se tornar a Tori da vida de
Maggie.
Quanto mais
Sydney e Ridge tentam fugir um do outro, mais a paixão os consome e torna seus
conflitos maiores. Eles se sentem perdidos e não têm ideia de como sairão dessa
história sem se machucar e sem machucar Maggie também.
Ok, lendo a
sinopse meia-boca e esta resenha que também não revela muita coisa, você,
caro(a) leitor(a), vai me dizer que não sabe porque eu me empolguei tanto assim
com o livro e talvez decida que nem vale a pena ler. Mas não se deixe enganar! Talvez um dia é um livro fantástico! (especialmente depois que a gente chega à página 55!)
A história é
contada sob as perspectivas de Ridge e de Sydney. Cada capítulo é narrado por
um deles, o que nos permite entender a fundo os conflitos de ambos e que, apesar de
ser a história sobre um romance proibido, é um livro único e está longe de ser “mais
um” sobre esse tema.
Desde o
começo do livro nós sabemos sobre a existência de Maggie e fica muito claro que
ela não é uma garota qualquer na vida de Ridge. Ela é a garota
por quem Ridge é total e completamente apaixonado, a quem ele adora e por quem
ele vive. Ela é doce, gentil, apaixonada pela vida e nos cativa logo de cara.
Emocionalmente,
meu coração ficou completamente perdido. Eu sinceramente não sabia o que pensar
ou como me sentir enquanto lia porque, verdade seja dita, não há certo ou errado
nessa história e isso é muito conflitante! Mais ainda por Sydney e Maggie serem
duas personagens tão distintas e cativantes, que não têm nada de desagradável
para nos ajudar a detestar uma delas.
Não há lados
nesta história. Não há somente o preto e o branco. Há apenas pessoas e
sentimentos. Fortes, confusos e avassaladores sentimentos. E também há
escolhas, e nenhuma delas pode ser considerada certa ou errada. São apenas
escolhas. E é justamente o fato de este livro bagunçar tanto com minhas emoções
que me fez me apaixonar pela história. E olha que eu nem gosto de livros new
adult!
E tem também
essa ligação entre Ridge e Sydney que é uma coisa tão forte e verdadeira! Há
algumas cenas entre os dois – e eu não estou falando de cenas eróticas – que
são tão intensas e profundas, que eu simplesmente não consigo descrever com
palavras.
O livro me
prendeu tanto, que eu comecei a ler à noite e só larguei quando cheguei à
última página, já bem tarde na madrugada. E eu me apeguei tanto aos
personagens, que está bem difícil começar outra leitura e me afastar deles...
rs.
Para tornar
a leitura uma experiência única, o livro ainda traz uma playslist exclusiva,
com as músicas compostas por Ridge e Sydney, que você pode acessar e ouvir
enquanto lê.
Enfim, não
sei se consegui me fazer entender com esta resenha, mas termino dizendo que
Talvez um dia é um dos livros mais intensos e profundos que eu já li. Eu juro!
E recomendo muito, caro(a) leitor(a) que você leia urgentemente, pra ontem!
Livro
favorito pra vida.
Nenhum comentário
Postar um comentário