Série Os Instrumentos Mortais - Cassandra Clare




E aí, turma? Tudo bem?
Esta resenha será um pouco diferente. Aliás, o post de hoje traz, mais que uma resenha, as minhas impressões sobre a série Os Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare.
Eu resenhei os dois primeiros livros da série, mas como os últimos 4 livros eu só fui ler recentemente – um atrás do outro –, achei que ficaria muito cansativo ficar falando sobre a mesma série durante uma semana inteira, sem contar que chega um ponto em que é impossível falar dos livros sem dar grandes spoilers. Assim, preferi falar da série como um todo.

Clarissa Fray – Clary – é uma menina de 16 anos cujo sonho era entrar para a escola de artes, já que ela desenha muito bem. Seu único e melhor amigo se chama Simon e ele toca numa banda – que troca de nome quase todos os dias – com seus amigos.
Ela vive apenas com sua mãe – Jocelyn –, pois lhe contaram que seu pai morreu antes de ela nascer. Sua figura paterna é representada por Luke, um amigo de sua mãe que sempre esteve por perto.

Na noite de seu aniversário, Clary e Simon resolvem ir a uma boate para comemorar. Nessa boate, ela vê alguns jovens suspeitos, com o corpo coberto de marcas, atacarem um garoto e este se transformar num monstro horrível, e ela, apavorada, grita pedindo por ajuda. O problema é que ninguém mais além de dela pode ver qualquer coisa. Apenas Clary pode ver essas pessoas, o que faz com que ela volte correndo para casa, pois acha que está ficando maluca.

No dia seguinte, Jace – um dos jovens que Clary viu na boate – vai procurar por ela para tentar entender como ela podia vê-los, já que ela, supostamente, não deveria.

Clary acaba descobrindo que tudo o que ela ouviu sobre fadas, vampiros, lobisomens, anjos e demônios – e outros seres – é verdade e que aqueles jovens fazem parte de um grupo denominado Caçadores de Sombras, cuja função é manter o mundo das sombras nos trilhos para que os humanos não percebam a sua existência. E para que tudo a deixe ainda mais confusa, Clary fica sabendo que ela também é uma caçadora de sombras.

E aí começa a grande aventura de sua vida, descobrindo um mundo totalmente novo diante de seus olhos, descobrindo mais sobre si mesma e conhecendo pessoas incríveis que a ajudarão nessa jornada.



Eu li o primeiro livro da série, Cidade dos Ossos, em 2010, e gostei do livro, gostei muito da escrita, mas não me empolguei tanto porque não gostei muito de ter vários seres sobrenaturais juntos numa mesma história. Acabei lendo só o primeiro livro mesmo, sem me importar com os demais.

Porém, a cada lançamento de um livro da série, as pessoas elogiavam cada vez mais a história e Cassandra Clare só aumentava o número de fãs. Mesmo assim eu ainda resisti por mais algum tempo, até agora, quando Dama da Meia-noite, primeiro livro de uma nova trilogia, foi lançado. A história dessa trilogia se passa no mesmo mundo da série Os Instrumentos Mortais e eu, curiosa, acabei me rendendo e resolvendo dar uma segunda chance aos livros. E que bom que eu fiz isso.

A escrita de Cassandra Clare é tão forte e envolvente que eu simplesmente me apaixonei por seus livros. O mundo criado por ela foi muito bem construído, não há como negar. A começar pela origem dos Caçadores de Sombras, que são nefilins cuja missão é defender nosso mundo dos demônios que o invadem o tempo todo. Além de nefilins e demônios, temos outros seres sobrenaturais, cada um com sua espécie, estilo de vida e política, que tentam coexistir no mundo das sombras.

Os personagens são fantásticos. Apesar de ter me irritado muito com Clary e Simon nos primeiros livros, terminei a série com sentimentos satisfatórios a respeito dos dois. Jace e Magnus Bane são um show à parte. Jace é intenso, inteligente e sagaz. Ao mesmo tempo em que não mede esforços para proteger aqueles a quem ama, sempre tem o timing perfeito para a piada sarcástica.

Magnus é um feiticeiro que vive há mais de 400 anos, que já viajou o mundo todo e se considera um profundo conhecedor da natureza humana e dos habitantes do mundo das sombras também. Assim como Jace, o sarcasmo é uma característica marcante em sua personalidade e por trás da fachada do poderoso feiticeiro esconde-se alguém que faz tudo para ajudar e defender os seus amigos.

Há muitos outros personagens marcantes na série, mas esses dois arrebataram meu coração.
Termino este post reconhecendo que Cassandra Clare definitivamente me conquistou com sua escrita e com seu mundo fantástico e que foi muito difícil me despedir dos personagens no último livro, Cidade do Fogo Celestial.

Felizmente há ainda a trilogia As Peças Infernais; o livro As Crônicas de Bane, onde Magnus conta suas aventuras; uma série de contos intitulados Shadowhunter Academy e agora a trilogia Os Artifícios das Trevas, todas essas histórias ainda se passando no mesmo mundo. Estou muito ansiosa pra me jogar nessas novas aventuras. :)

Definitivamente eu recomendo os livros de Cassandra Clare!






  

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