Autora: Lucinda Riley
Editora Novo Conceito
Série: As sete irmãs - livro 1
Páginas: 560
"Nunca deixe o medo decidir seu destino."
Pa
Salt (como era chamado por suas filhas) era um homem muito rico e misterioso.
Ninguém sabia com o que ele trabalha, apenas sabia-se que ele viajava demais
pelo mundo todo.
Certa
vez, ao voltar de uma de suas viagens, trouxe consigo a pequena Maia, que ele
havia adotado. Pa Salt contou com a ajuda de sua governanta Marina para cuidar
da menina.
Depois
de trazer Maia, ele começou a aparecer com mais meninas, seis ao todo, cada uma
de um lugar diferente do mundo. Deu a elas o nome de cada uma das estrelas da
constelação chamada de “As sete irmãs”, apesar de ele nunca ter encontrado a sétima irmã para suas filhas.
Após
a sua morte, cada filha recebeu uma carta contendo uma pista sobre sua origem,
dizendo que elas são livres para procurar ou não saber sobre sua história.
Este
primeiro livro, As Sete Irmãs, trata sobre a carta e as origens de Maia, a
primeira filha adotiva de Pa Salt.
Maia é uma talentosa
tradutora, que mora na ilha particular de seu pai, na Suíça. Suas outras irmãs
vivem suas vidas, cada uma num lugar diferente do mundo. Ao ler a carta deixada
por seu pai, ela descobre que fora adotada no Brasil. Com essa informação, ela
parte para o Rio de Janeiro, que é para onde a pista na carta a guia.
Ao chegar no Rio,
Maia entra em contato com o escritor e historiador brasileiro Floriano
Quintelas, cujo livro ela já traduziu para o francês e com quem vem trocando
e-mails há um bom tempo.
Os dois se encontram
no Cristo Redentor e Maia conta para Floriano sua história. Ele fica
maravilhado com tudo o que ouve e pede para que ela permita que ele possa ajudá-la
a resolver esse mistério.
As pistas que eles
têm, os levam até a Casa das Orquídeas, uma linda mansão que fora muito
imponente no passado, mas que hoje não passa de um casarão velho e malcuidado.
Lá, Maia e Floriano
encontram Beatriz de Carvalho, uma senhora idosa e de saúde muito precária. Ao
ver Maia, a senhora fica perturbada e diz que não tem nada a lhes dizer e que
não pode ajudá-los. No entanto, ao sair
da casa, Maia recebe de Yara, a cuidadora da senhora Beatriz, um maço de cartas
e pede que ela as leia, mas que não deixe a senhora Beatriz descobrir que ela sabe
a verdade.
Intrigada com as
cartas e o aviso de Yara, Maia começa a ler as cartas e faz uma incrível viagem
até o passado, no ano de 1927, e começa a descobrir a história de Izabela Bonifácio, que, ao que tudo indica,
pode ser sua bisavó.
Izabela era uma
linda jovem de 18 anos, que foi obrigada a casar com Gustavo Aires Cabral – um casamento
arranjado. Gustavo era filho de uma família muito tradicional do Rio de
Janeiro, mas que perdeu sua fortuna e agora podia apenas valer-se de seu bom
nome. Já a família de Izabela era emergente e, apesar de terem muito dinheiro,
não eram aceitos com facilidade na sociedade carioca.
Nas cartas de
Izabela, também temos informações sobre a construção do Cristo Redentor, a mais
ousada obra do arquiteto brasileiro Heitor Silva e Costa, auxiliado pelo escultor
francês Paul Landowski e eu assistente Laurent
Brouilly, que acaba se tornando o grande amor da vida de Izabela.
Enquanto
lê as cartas de sua bisavó, Maia é fortemente influenciada por suas palavras e
começa questionar-se a respeito de sua vida e das decisões que tomara ao longo
de sua própria história, tornando-se, sem perceber, uma mulher mais forte, mais
decidida e, principalmente, aberta pra vida novamente.
Com
a ajuda de Floriano, ela decide resgatar o seu passado e reescrever o seu
futuro.
Este é o segundo livro de Lucinda Riley que eu leio e já posso dizer que sou fã dessa escritora desde o primeiro livro que li, chamado A Casa das Orquídeas.
Ela gosta de contar sempre duas histórias no mesmo livro - uma no passado, outra no presente - e eu adoro isso!
As sete irmãs é uma linda história de amores. Sim, no plural. Com personagens marcantes, Lucinda nos apresenta à sociedade carioca do início do século XX e seus costumes, depois no leva a viver a Belle Époque numa Paris repleta de artistas e amantes, e nos envolve com o romance entre Izabela e Laurent.
Izabela, apesar de muito jovem, tem uma sede imensa por conhecer o mudo e aprender tudo o que ele puder lhe ensinar, mas tem que se contentar à sua vida medíocre, prisioneira de seu próprio pai. Ela tem tudo o que uma jovem poderia desejar, menos sua liberdade, e isso é o que ela mais queria. Seu pai está sempre preocupado em impressionar a sociedade carioca com seus bens e seu dinheiro, e Izabela é apena a ferramenta para a realização de mais um de seus caprichos.
Laurent é um jovem escultor, apaixonado pela arte e pela vida. É pobre, mal pode se sustentar, mas se apaixona desesperadamente por Izabela e luta por ela como pode.
Já Maia, no começo do livro, é uma moça solitária. Vive na casa de seu pai, trabalha em casa, não sai, não visita as irmãs nem os poucos amigos que tem. Ela é meio deprimida, mas não entendemos o motivo.
Depois da morte de seu pai, para tentar esquecer a falta que ele lhe faz, ela decide ir ao Rio de Janeiro em busca de respostas, o que, pouco a pouco, começa a transformá-la e fazer com que ela comece a desejar viver de verdade.
Enfim, As sete irmãs é um livro envolvente, repleto de histórias de amor, de perdão, de reencontro e nos toca o coração de muitas maneiras. Vale a pena ser lido!
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