Título original: Paper towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
"Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (…) Mas ainda há um momento entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros. "
Quentin é um
adolescente no último ano da escola que, desde criança, é apaixonado por sua
vizinha Margot Roth Spielgelman, a menina mais popular e desejada da escola.
Quentin e Margo são
vizinhos desde os dois anos de idade, por isso brincaram juntos desde sempre.
Certa vez, quando
tinham dez anos, os dois andavam de bicicleta pelo bairro quando passaram pelo
parque e encontraram um homem morto. Essa cena marcou a vida de Quentin. Ele
sempre se lembrava daquele dia.
Agora Margo e Quentin
já não são mais amigos e ele nem ao menos sabe o motivo. Um dia ela simplesmente parou de falar com ele e pronto. Cada um seguiu seu caminho com
amigos diferentes.
No entanto, em uma
noite, Margo surpreende Quentin aparecendo em sua janela e convidando-o para
uma aventura. Sem hesitar, ele simplesmente concorda. Sai escondido com o carro
de seus pais e tem com Margo uma noite pra lá de agitada. Eles compram coisas
estranhas e começam a dar conta de uma pequena lista de vinganças de Margo.
Para Quentin, aquela
foi a melhor noite de sua vida. Talvez agora ele e Margo possam voltar a ser
amigos. No entanto, no dia seguinte, ele tem a notícia: Margo sumiu.
Não é a primeira vez
que ela faz isso e sempre deixa uma pista de onde fora, querendo ser
encontrada. Mas desta vez parece ser sério, pois muitos dias se passam e
ninguém consegue encontrá-la.
Quentin então resolve
começar a procurá-la com a ajuda de seus amigos Ben, Radar e Lacey. Ele tem
certeza de que Margo deixou uma pista para ele e começa a procurar por ela.
Depois de muita
investigação, eles têm algumas cidades para as quais Margo poderia ter ido.
Porém, eles têm certeza de saber onde ela está quando leem na internet um
comentário sobre aquele lugar, do jeito que só Margo poderia escrever.
Tem início aí a melhor
parte do livro: a viagem dos amigos em busca de Margo.
Eu sou super fã de
John Green e do estilo de sua escrita. Seus personagens sempre têm algo a nos
ensinar e os diálogos são sempre inteligentes. No entanto, tenho que dizer que
Cidades de Papel não é meu livro favorito dele. É um livro legal, eu
adorei os personagens, mas acho que eles poderiam ser muito melhor aproveitados
numa história melhor.
Esse livro me lembrou
muito Quem é você, Alasca?, também de John Green, e do qual eu gostei muito
mais.
Eu diria que o final é
bem realista, mostrando que nem tudo na vida acontece como a gente quer e que
as pessoas nada mais são que pessoas, passíveis de erro, com suas próprias vontades
e suas próprias regras, que nos inspiram e também nos desapontam.
É um livro ok, mas não
é o melhor de John Green, na minha opinião.
Como é comum
atualmente, o filme já teve sua estreia e foi assistido por milhares de
pessoas. Mas eu ainda não vi. Não tive vontade.
Abaixo, o trailer:
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