Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 296
Terror
”Havia uma presença naquela casa, alguma coisa profana; uma noção que eu antes desprezara como fantasia tomou conta de mim e me disse que aquela era a verdade.”
Inglaterra, 1867.
Eliza Caine tem 21 anos e é
professora em uma escola só para meninas. Sua mãe á morreu há muitos anos e ela
mora apenas com o pai doente numa casa muito modesta.
Numa noite fria e chuvosa, o
pai de Eliza insiste para que ela o acompanhe até uma livraria onde Charles
Dickens – de quem ele é fã número 1 – estará em pessoa para a leitura de um de
seus contos. Eliza teme pela saúde de
seu pai, mas como não consegue fazê-lo mudar de ideia, acaba por acompanhá-lo.
Como ela temia, a doença de
seu pai se agravou muito e ele acabou por falecer.
Triste e sozinha, sem nenhum
parente vivo, amigos ou um amor, Eliza resolve que precisa ir embora para outro
lugar. Decidida, começa a ler os jornais à procura de um novo emprego.
Felizmente a oportunidade não demora a aparecer. Há um anúncio sobre uma vaga
para Governanta e Tutora para crianças no condado de Norfolk.
Interessada, Eliza escreve
para o endereço do anúncio falando sobre sua experiência com crianças e seu
interesse pelo emprego. Para sua surpresa, dois dias depois chega a resposta
dizendo que ela já estava contratada e deveria partir o mais rápido possível
para começar.
Assim ela parte para sua nova
casa e sua nova família, cheia de expectativas e esperanças de ter uma vida
melhor.
Ao descer do trem na estação,
é recebida por Heckling, um empregado da casa onde ela irá trabalhar. Ele é
ranzinza e de poucas palavras, por isso Eliza não consegue mais informações
sobre a casa e a família.
Já desconfiada por causa de
algumas coisas, Eliza fica chocada quando chega à casa e descobre que as duas
crianças, Isabella e Eustace, estão sozinhas e sem a supervisão de nenhum
adulto. Onde estariam seus pais?
Todos na casa, empregados e
as crianças, evitam a falar com Eliza sobre onde estão seus pais ou por quê os
dois ficam sozinhos lá sem mais ninguém. E para piorar, quando Eliza sai da
casa para conhecer a região, toda vez que ela conta que é a nova governanta na
casa dos Bennet, as pessoas ficam assustadas e se apressam para sair de perto
dela. Até mesmo o advogado responsável pela administração do lugar e do
dinheiro da família evita falar com ela, sempre dando desculpas para não vê-la
ou não responder às suas perguntas.
Infelizmente, leva certo
tempo para que ela descubra que as crianças não estão de fato sozinhas e que
há uma presença naquela casa. Coisas muito estranhas e perigosas estão
acontecendo e ela não tem ideia do que seja ou porque acontece. No entanto,
quando descobre, não se deixa abater e faz de tudo para proteger as crianças e
descobrir o que de fato desencadeou todos os tormentos daquele lugar.
A casa assombrada, apesar de
ser um livro novo, se passa no século 18 e, para mim, o problema foi exatamente
esse. É uma história de terror, sim, mas uma história de terror escrita para
aquela época, não para os dias de hoje.
Por isso me decepcionei, pois
a história não chega a ser assustadora de fato.
Assim, apesar da ótima
escrita de John Boyne e de sua história de terror perfeita para a época de
1800, o livro não me ganhou. Nenhum arrepio, nenhum susto, nenhum medinho...
Nada.
Pra quem gosta desse tipo de
história, vai adorar, mas quem gosta de um terror mais elaborado e quer morrer
de medo, melhor fugir desse livro.
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