Título original: Just one day
Autora: Gale Forman
Editora: Novo Conceito
Páginas: 352
“Às vezes o destino ou a vida, ou seja lá como queira chamá-lo, deixa a porta entreaberta e você simplesmente entra. Mas, às vezes ela tranca a porta e é preciso encontrar a chave, ou arrancar o cadeado, ou colocar a porcaria da coisa para baixo. E, outras vezes, nem mesmo lhe mostra a porta, e é necessário construí-la por conta própria.”
ATENÇÃO: Este livro contém spoilers para quem não leu o livro anterior, Apenas um dia.
Em Apenas um dia, Allyson nos conta sobre como sua excursão para a Europa tomou um rumo completamente novo e ela conheceu Willem, o amor de sua vida. E também conta como ela o perdeu, reencontrando-o um ano depois. Durante todo esse ano que Allysson nos relata, nós sofremos com ela e torcemos para que ela conseguisse reencontrá-lo.
Agora, em Apenas um ano, temos a história contada sob a perspectiva de Willem. Não foi apenas Allyson que sofreu durante esse ano que passou. Ele também sofreu e muito. Estava perdido.
A narrativa começa quando ele está no hospital, em Paris, no dia em que se perdeu de Allyson - que até então ele só conhecia pelo apelido que lhe dera: Lulu.
O problema é que ele estava muito machucado e sofrera uma perda temporária de memória e, quando consegue recuperá-la, já é tarde demais.
Agora Willem se lembra: Lulu era a garota que em apenas um dia transformou sua vida e despertou nele o desejo de ser cuidado por ela. Naquele dia ele encontrou seu amor, mas também o perdeu. Ele tentou encontrá-la de todo jeito, mas não tinha um número de telefone, nem seu endereço ou sequer sabia seu nome. Todas as tentativas dele encontrar Allyson deram em nada.
“Há uma diferença entre perder algo que sabia ter e perder algo que se descobriu ter. uma é decepção. A outra é perda de verdade.”
Desiludido, ele acaba partindo para Holanda para resolver assuntos pendentes de família. Depois de tudo resolvido, sentindo um vazio dentro de si e uma enorme vontade de reencontrar Lulu, Willem parte em uma viagem pelo mundo em busca dela. E de alguma outra coisa que ele ainda não sabe o que é.
Conheceu vários lugares e pessoas e, a cada pessoa que ele contava sua história - sobre Lulu -, ele ouvia que aquilo era loucura, que jamais iria encontrá-la e que precisava parar de sonhar.
Além de buscar por Lulu, Willem também buscava por seu eixo na vida. Seu pai morreu, sua mãe foi embora pra Índia e raramente entra em contato, seus relacionamentos são sempre rasos, enfim, sua vida está uma bagunça. E seu coração também.
Mais que em busca do amor, Willem está desesperadamente em busca de si mesmo.
Eu me apaixonei perdidamente pela história de Willem e Allyson em Apenas um dia. Não consegui acreditar no fim que o livro teve, me deixando desesperada para saber o que viria a seguir.
Agora que pude ler Apenas um ano, tenho que dizer que fiquei um pouco desapontada. Claro, tivemos a visão de Willem sobre a história deles, conhecemos mais profundamente esse garoto perdido, soubemos de suas dores e de seus medos, e isso foi muito legal. Mas também teve tanta enrolação! Muitas partes do livro eu achei bem desnecessárias, sem contar o final que é de matar de ódio.
O romance neste livro fica em segundo plano, o foco é apenas Willem. E quando você acha que algo vai realmente acontecer... o livro acaba. E acaba de uma maneira muito, muito ordinária.
O que realmente interessa nós só ficamos sabendo num conto chamado Apenas uma noite, lançado depois pela autora. Agora pergunto: custava cortar parte da enrolação e colocar o que faltava no mesmo livro? Mas claro, essa era uma maneira de a autora ganhar mais dinheiro. Humpf.
Enfim, não gostei tanto desse livro quanto gostei do primeiro, mas gostei de conhecer um pouco mais do Willem.
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