Autora: Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Duologia: Livro 2
Páginas: 240
Me odeie. Me devaste. Me aniquile. Me recrie. Por que não me recria?
* Atenção: esta resenha contém spoilers. Se você ainda não leu Se eu ficar, tome cuidado.
Enquanto Se eu ficar é contado sob o ponto de vista de Mia, Para onde ela foi é sob a
perspectiva de Adam. Um Adam muito, muito machucado desde que o acidente
acontecera e mudara a vida de todos. No entanto, as feridas de Adam são
emocionais e, talvez, muito mais difíceis de curar.
Alguns anos já se
passaram desde o acidente e Adam e Mia não estão mais juntos. Cada um seguiu
sua vida como foi possível. Ela foi para a Juilliard e tornou-se uma das mais
jovens e talentosas violoncelistas do mundo, muito conhecida e no
começo de uma carreira que tem tudo para dar certo.
Adam, por sua vez,
é a estrela da música que sempre quis ser. Sua banda agora é um sucesso e ele
namora uma das atrizes mais populares da atualidade. Tudo graças às músicas
que ele escreveu enquanto sofria o desespero da perda de Mia. Ele não é mais
aquele garoto sorridente e sonhador de aos atrás. O Adam de agora tem pânico de
multidões, quase não dorme e precisa de Xanax para não surtar. E tem a vida com
a qual sempre sonhou, mas Mia não faz parte dela. Por isso, ele tornou-se
infeliz. A música já não faz mais sentido para ele.
Alternando entre
acontecimentos do passado e do presente, Adam vai nos nos contanto, pouco a
pouco, o que aconteceu com ele e Mia, como ela simplesmente o abandonara sem
dizer absolutamente nada e como ele se tornara essa pessoa tão machucada e
infeliz que é agora.
Até que, andando
pelas ruas de Nova York, ele passa em frente a um teatro e vê um papel no chão.
No papel, o rosto de Mia. Ela vai tocar ali, naquele dia. Sem pensar no que
está fazendo, Adam compra o ingresso e entra para assisti-la. Era a primeira
vez em anos que ele chegaria perto dela novamente. Não a veria, não a tocaria,
mas poderia ouvi-la, e aquilo já era alguma coisa.
E é aí que acontece
o reencontro.
Enquanto lia Se eu
ficar, fiquei arrasada pelo sofrimento de Mia e pela difícil decisão que ela
teria que tomar. E confesso que fiquei feliz quando vi que ela optou por ficar.
Mas eu acreditava que a vida dela e de Adam tinha sido linda depois de sua
superação do acidente. No entanto, eu estava enganada.
Sofri muito mais
com Adam.
É curioso como nos
fechamos dentro de nós quando estamos sofrendo, achando que nossa dor é a maior
do mundo e não nos importamos nem nos damos conta de que os outros à nossa
volta também estão sofrendo conosco.
Todo mundo tem suas tragédias na vida.
Todo mundo tem dor.
Consigo entender as
razões de Mia, mas não consigo deixar de pensar que ela foi egoísta e mesquinha
pela maneira que se comportou com Adam.
Gostei deste
segundo livro muito mais que do primeiro.
Para onde ela foi é
uma genuína história de amor, perdão e recomeços.
Recomendo!
Primeiro livro da duologia:
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