Título original: The kitchen house
Autora: Kathleen Grissom
Editora: Arqueiro
Páginas: 331
Sinopse: Belle já tinha problemas suficientes preparando a comida da casa-grande e cuidando para se manter longe dos olhos de D. Martha e de seu filho, Marshall. Eles não sabem que, na verdade, ela é filha ilegítima do capitão James Pyke, por isso imaginam o pior em relação à preferência do capitão pela escrava mestiça. Ser responsável por uma menina meio doente que acaba de chegar à fazenda é um tormento do qual Belle não precisava. A garota parece incapaz de reter comida no estômago, mal fala, não se lembra de nada e, às vezes, é até meio assustadora, com sua cara de avoada. Além de tudo é branca e tem cabelos cor de fogo. Mas Belle sabe que, entre as pessoas que a acolheram, a cor da pele não significa nada e por isso acaba recebendo Lavinia de braços abertos. Esse é apenas o início da saga de uma família formada por laços que vão muito além do sangue. Uma história de coragem, esperança, força e amor à vida.
Estados Unidos, século XVIII.
James Pyke, o “capitão”, tinha uma dívida para receber de um casal. No
entanto, o casal morreu doente e sobraram apenas seus filhos, um menino,
Cardigan, e uma menina, Lavínia. Ambas crianças brancas, filhos de brancos –
assim como o capitão o era.
James conseguiu vender Cardigan, mas Lavínia, que tinha 7 anos, estava
muito doente e assustada. Assim, ele acabou levando-a para a casa, deixando-a
aos cuidados de Mama Mae e seu marido Papa George, um casal de escravos – dos muitos
– que havia na fazenda.
Assim, Lavínia acabou sendo criada na “casa da cozinha”, por Belle –
filha bastarda de James – e a família de Mama Mae. Crescendo no meio dos
escravos, torna-se uma escrava branca. E aquela é sua família.
Um sem-número de dramas permeia a história desse livro. Dona Martha,
esposa do capitão James, não sabe que Belle é filha de seu marido e jura que os
dois são amantes. Por isso, vive dopada de remédios dia e noite, fugindo da
realidade.
Há também algo de muito suspeito e perverso com o tutor dos filhos do
casal, Sally e Marshall.
Os anos se passam e Lavínia vai crescendo. Pelo fato de ser branca,
começa a ter alguns privilégios nos quais sua família negra não tem parte. Não
concordo que sua lealdade comece a ser questionada, como diz a capa do livro. O
que acontece ali é que Lavínia fica dividida entre sua família negra e sua nova
fase da vida.
Retratando bem o drama vivido pelos negros nos Estados Unidos na época
da escravidão, Escravas de coragem é a história da saga de duas famílias, seus
amores, temores e enganos.
Lágrimas e reviravoltas estão presente em cada capítulo.
É um livro que fala sobre amor e coragem, nos mostrando que a verdadeira
família nem sempre é feita de laços de sangue.
Recomendo muito!
Se quiserem ler o depoimento da autora sobre como escreveu esse livro, cliquem aqui.
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