Amor de fã


Todo mundo é ou já foi muito fã de alguém ou de alguma coisa. Todos passamos por essa fase. Todos. O que eu acho muito saudável, aliás.

Não entrarei aqui no mérito do fanatismo e dos exageros absurdos cometidos por aí. Não valem o  meu tempo. Antes, vou me ater apenas à minha experiência como fã.

Começou na adolescência, quando eu tinha meus 13 anos, acredito. Foi quando assisti ao filme O Grande Dragão Branco.



Sim, meus caros, eu estou falando de Jean-Claude Van Damme. #mejulguem

"Nossa, Sandra, que coisa mais brega! Não acredito que você era fã desse cara!"

Sim, eu era. Sou.
O cara fez um grande sucesso nos anos 90, nós temos de reconhecer. Seus filmes eram sempre de ação, voltados especificamente para quem gostava de artes marciais, o que não era o meu caso, mas whatever. 

Lutava muito bem e tinha uma boa performance para o nível de filme que fazia. Sem contar sua história. Quando criança, ele ela bailarino e adorava o que fazia. Só começou a fazer artes marciais porque era seco de magro e baixinho, e vivia sofrendo bullying e apanhava na escola. E sobre sua pessoa, que simpatia! E o mais importante: nos meus 13 anos ele era bem lindão. O que já não é tão verdade assim nos dias de hoje. (Sorry, baby, o tempo passa para todos.)

Mas chega de puxar o saco. Quero falar da minha vida de fã.
Então, eu tinha pastas e mais pastas de artigos, fotos e tudo o mais que se referisse a ele. Toda a minha mesada eu gastava com revistas, pôsteres e tudo mais. E a situação era tão crítica que o meu quarto era forrado com seus pôsteres. E quando eu digo forrado, eu falo sério. Não era possível saber a cor das paredes, todas as quatro tinham pôsteres e fotos dele, de cima a baixo.

Assisti a todos os filmes. Aliás, eu tinha todos os filmes dele. Em VHS, claro.
E a coisa foi tão longe que eu pedi à minha mãe pra me matricular no curso de inglês, porque eu queria escrever cartas pra ele. Ela me matriculou e eu logo comecei a escrever. Não sabia nada da língua, mas sentia que estava abafando... ahahaha. E logo veio a resposta: uma foto autografada! Lembro até hoje do quanto chorei abraçada à foto.

Mas por quê eu estou falando disso tudo?
Porque no final de semana eu vi um vídeo com o comercial da Volvo, mostrando seus caminhões novos, onde ele aparece. Esse aí abaixo:




E enquanto ele falava e eu o via e ouvia, eu me lembrei de toda a minha história de fã. Me deu muita saudade. E percebi que ainda gosto muito desse cara! Claro que com muito mais moderação do que gostava antigamente, rs.

Então, se você é fã de alguém ou de alguma coisa, seja mesmo! Dedique seu tempo, pesquise, leia a respeito. Colecione, declare seu amor. Vá a shows, cinemas, jogos. Porque a emoção dessa experiência é impagável e isso conta muito para a formação de nosso caráter, influenciando até em nossas escolhas na vida. E não estou exagerando. Se não fosse pela minha tietagem pelo Van Damme, eu jamais teria conhecido de fato e me apaixonado pela língua inglesa. Não teria feito Letras, nem dado aula. Não leria livros em inglês e ainda precisaria das legendas no cinema, rs.

Então seja fã e ame muito, seja lá quem ou o que for.
Mas de uma maneira saudável.

;)






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