Título original: Never knowing
Autora: Chevy Stevens
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Sinopse: Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada. Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar.
(Sinopse do Skoob pela metade, para evitar spoilers :P)
Hoje conheceremos a
história de Sara Gallagher, uma mulher na casa dos 30 anos – se não estou
enganada -, que teve uma vida conturbada e está prestes a ter suas estruturas
abaladas novamente.
Desde seus 12 anos, Sara sabia que era uma filha adotada e sentia claramente essa distinção entre
ela e suas irmãs. Seu pai não escondia que ele gostava mais das filhas biológicas –
Lauren e Melanie – e sempre a culpava por tudo de errado que pudesse acontecer,
fosse culpa dela ou não – e raramente era.
Por outro lado, ela
tinha o amor incondicional de sua mãe. O problema era que a mulher tinha a
saúde frágil e nem sempre podia defendê-la das acusações do pai.
Enfim, Sara cresceu,
teve uma adolescência difícil e relacionamentos problemáticos, sua vida não foi
fácil. Do último relacionamento, restara-lhe a filha de 6 anos, Ally.
Agora, depois de
muito tempo de terapia, ela estava começando a colocar a cabeça em ordem. Sua terapeuta era ótima, ela tinha sua filha,
se dava muito bem com sua irmã Lauren – embora o mesmo não acontecesse com
Melanie – e estava para se casar. Sim, Sara também tinha Evan, seu noivo. Ele
era perfeito pra ela. Era compreensivo, calmo, amoroso e tinha paciência (de Jó!) com
todas as suas crises compulsivas e de pânico. E, por um motivo que ela não
sabia explicar, apesar de ela ser a filha mais desprezada pelo pai, Evan era
seu genro preferido.
Agora que sua vida
estava se acertando e ela estava para se casar em algumas semanas, Sara se
surpreende pensando em seu passado, querendo conhecer suas origens. Dando corda
a esses sentimentos e essa curiosidade, ela consegue sua certidão de nascimento
original e parte em busca de sua mãe biológica.
O que ela não sabia
é que isso mudaria drasticamente sua vida e, o que era para ser um encontro
feliz, acabou se tornando uma verdadeira história de terror. Ela descobre que a
mãe biológica tem nojo dela e que seu pai é um assassino e um estuprador.
O problema é que o pai-assanino descobre que tem uma filha e, quando Sara achava que as coisas não podiam ficar
piores, ela percebe que podem, sim. E conclui, tarde demais, que há certas coisas que é
melhor não saber.
Assim como acontece
no livro Identidade Roubada, da mesma autora, É melhor não saber também é
narrado pela protagonista em suas sessões de terapia. Cada capítulo é uma
sessão e é assim que ficamos sabendo o que e aconteceu entre uma e outra. Eu
não sei se essa é a forma padrão nos livros de Chevy Stevens, mas os dois que
li até agora seguem a seguinte fórmula: a protagonista é sempre problemática,
seus traumas e problemas sempre têm origem familiar, ela sempre faz terapia e
sempre tem um homem pra avacalhar com tudo.
Mas não, isso não é
ruim, muito pelo contrário. A escrita de Stevens tem um ritmo alucinante e suas
histórias são muito, muito fortes. Fiquei fã da autora quando terminei de ler
Identidade Roubada – meu favorito até agora – e soltei um suspiro dizendo:
Caramba, que livro é esse?!
É bem verdade que eu
me irritei demais com a Sara quase que no livro todo, porque ela é muito,
muito, MUITO chata e teimosa, sempre cometendo os mesmos erros e fazendo as
mesmas cagadas, mas essa é outra jogada excepcional da autora: não é que a
personagem é um porre e desinteressante, o negócio é que a cabeça dela está tão
ferrada que ela age da maneira que age, não tem culpa nem domínio sobre seus
impulsos.
Enfim, não vou me
alongar muito.
Como eu já disse,
Identidade Roubada continua sendo o meu favorito, a história é DEMAIS, mas com
É melhor não saber, Chevy Stevens vem provar que é mestra no thriller
psicológico e com muita propriedade.
Recomendadíssimo!
Nenhum comentário
Postar um comentário