Título Original: Rules of Betrayal
Editora: Arqueiro
Autor: Christopher Reich
Número de páginas: 304
Série - Livro 3
Livros anteriores: A Farsa
A Vingança
“O truque é acreditar nas suas mentiras,
independente do que eles façam com você” (p.43)
A Traição dá sequência à trama de A Farsa e A Vingança, de Christopher Reich, que, por acaso, eu não li. Por esse motivo, achei que eu ficaria meio perdida nos acontecimentos, mas não foi o que ocorreu. Graças a alguns flashbacks e breves explicações sobre o que houve no passado, mesmo sem ter lido os livros anteriores eu pude acompanhar bem a história.
Então, já aviso que esta resenha pode conter spoilers de A Farsa e A Vingança.
Bem, algum tempo atrás, o Dr. Jonathan Ransom teve sua vida transformada num caos: depois de 8 anos de casado, ele descobriu que sua esposa – que até então era a doce e dedicada enfermeira Emma – era uma agente dupla que trabalhava para a FSB russa e para a Divisão – uma agência ultrassecreta dos Estados Unidos – ao mesmo tempo.
Por duas vezes, seu amor o arrastou para várias situações de risco e ele se viu correndo perigo em meio a terroristas, assassinos e perigosos agentes internacionais. Isso foi mais do que o que ele podia suportar e, cansado de tantas mentiras e riscos, Jonathan apesar de amar Emma, se desliga da ONG Médicos Sem Fronteiras e segue sozinho para o Afeganistão. Lá, quase sem nenhum recurso e refugiado em uma aldeia, ele se dedica a fazer o bem e cuidar dos que necessitam de sua ajuda em um pequeno e precário consultório improvisado, onde atende o povo carente que vive naquela região. Porém, o que ele não sabia, é que a espionagem internacional é um jogo do qual dificilmente alguém sai...
Enquanto trabalhava numa cirurgia restauradora no rosto de uma menina, seu consultório é invadido por Sultan Haq, um terrorista perigosíssimo, que exige que Jonathan vá curar seu pai, Abdul. Sem alternativa, Jonathan e seu assistente Hamid seguem com Haq até o lugar onde fica o esconderijo dos terroristas.
Depois de fazer o que lhe foi pedido e ajudar o pai de Haq, as coisas saem do controle, uma situação inesperada acontece e Jonathan se vê lutando para salvar a própria vida novamente. E então ele descobre: mais uma vez fora usado e manipulado como um peão num jogo de xadrez.
Passada toda confusão, Jonathan é levado até o chefe da Divisão, Frank Connor, que lhe explica o que houve no Afeganistão e lhe dá más notícias sobre Emma: durante uma missão, ela fora capturada por um dos homens mais cruéis do mundo e agora é refém de Balfour, um inescrupuloso traficante de armas que pretende usá-la para recuperar um míssil nuclear que é 15 vezes mais potente que a bomba de Hiroshima.
A missão de Jonathan é resgatar Emma e impedir que a bomba nuclear caia em mãos erradas. Assim, ele parte para outro lugar, para ter o treinamento necessário e tornar-se um agente de verdade, aprendendo sua primeira lição:
Nesse jogo, a traição é a única regra.
Acho muito interessante o fato de podermos acompanhar a mudança na personalidade de Jonathan. O médico filantropo que estava cansado de ser enganado e que fugiu pra longe para fazer o bem deu lugar a um homem mais forte e confiante, que se tornou um agente astuto e muito competente.
O livro é recheado de ação e minha imaginação foi tão longe que eu até senti que estava assistindo a um filme. E o final, apesar de meio previsível, não torna o livro menos interessante. Certamente ele não será o último da série. Os leitores que gostam de histórias de ação e espionagem, e mesmo os que já acompanham a história desde A Farsa, não podem deixar de ler A Traição.
Recomendo!
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