Autora: Rafaella Vieira
Número de páginas: 184
Classificação:
Sinopse: Caterine é a nova menina na classe. Linda de morrer, interessada por livros, muito intensa, ela vira a melhor amiga de Michelle. Só que, durante o projeto de filmagem para a matéria de artes, as duas descobrem que um beijo pode ser perfeito demais – e mudar tudo o que acontece depois. Um romance teen ambientado em Recife, com todo o calor das praias de mar verde. A obra utiliza um tom leve e bem humorado para tratar questões típicas da idade, como festas, amigos, estudo, projetos de escola e namoros. Há a insegurança de um primeiro envolvimento e os exageros de adolescentes, mas a autora evita descrições de sensualidade. O lançamento faz parte do foco da Brejeira Malagueta de dar voz às jovens autoras nacionais que falem da homossexualidade feminina com autenticidade e sem preconceitos.
Vejam só, meu primeiro livro gay.
Eu nem sabia que havia uma editora voltada somente para esse novo gênero que vem surgindo no mercado! Pois sim, a editora Brejeira Malagueta é voltada somente para livros sobre a homossexualidade feminina. Aliás, quero agradecer aqui os cards fofinhos que recebi junto com o livro.
Antes da resenha, eu tenho que repetir que esse é o primeiro livro lésbico que eu leio. Assim, não tenho como comparar a nenhum outro de mesmo gênero, porque é novidade pra mim.
Bem, a história se passa em Recife, o que eu achei muito legal. É bom ver nosso Brasil tomando lugar nos cenários literários.
Em Depois Daquele Beijo, temos Michelle, uma adolescente sensível, talentosa, que adora ler e escrever e também é super fã de cinema. Apesar de ser uma menina linda, ela nunca namorou e sempre sentiu que não pertencia a lugar algum e que não se encaixava em sua turma. Por mais que os garotos lhe dessem bola, ela simplesmente não ligava. Nem mesmo para Renato, que era apaixonado por ela.
E então chega a aluna nova: Caterine. O que podemos dizer é que o que houve entre essas duas foi amor à primeira vista, embora elas não soubessem ser essa a definição naquele momento.
Não demorou para que ficassem amigas e muito ligadas uma à outra, ainda mais com um projeto de Artes que elas tinham para fazer juntas. Michelle estava escrevendo o roteiro para um filme que seria estrelado por Caterine e Renato.
Porém, enquanto se reunia com eles para ensaiar e tratar sobre o filme, Michelle foi percebendo que sentia algo diferente por Caterine e que aquilo não era apenas amizade. Com o passar dos dias, percebeu que o interesse era recíproco e foi então que, num dia de ensaio, as duas trocaram o primeiro beijo.
Depois disso, a cabeça de Michelle ficou numa confusão só. Porém, com a ajuda de Caterine, ela consegue se encontrar e ambas percebem que se amam e querem ficar juntas.
Obviamente não será tão fácil assim. Afinal, apesar de elas estarem bem certas do que querem, terão várias barreiras para transpor, inclusive – e principalmente – a barreira familiar.
Com um tema muito atual, Rafaella Vieira retrata a adolescência com bastante facilidade, passando por assuntos como sexualidade, amizades e questões familiares. Misturado a isso, temos no enredo várias músicas, livros e filmes mencionados pelos personagens, o que nos faz sentir como parte da história.
Só não gostei de uma coisa: gírias demais! Quem lê minhas resenhas e já me conhece, sabe que eu não sou fã de gírias. É lógico que, num momento ou outro, cabe uma aqui e ali, principalmente quando o universo em que se passa a história é o dos adolescentes. Então é normal que as gírias estejam ali. Mas quando se usa demais, fica cansativo e empobrece o texto. Ao menos pra mim. E eu confesso que, em matéria de gírias, eu sou muito, muito chata. Reconheço.
Querem saber o que acontece com Caterine e Michelle no fim e quais são os problemas que elas precisam enfrentar? Leiam o livro! J
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