Centúrias - Bruna Longobucco



Editora Novo século. 216p.

"Nem assumindo minha verdadeira natureza eu conseguia libertá-lo. E as outras bruxas não podiam se mover. Parecia que tudo estava perdido. Segurei a chave, tentando resgatar meus poderes, lutando contra o bloqueio negativo que me enredava e ameaçava a vida de Igor. Se houve um tempo em que não acreditei no amor, agora não acreditava na possibilidade de existir sem tê-lo ao meu lado.
Havia muito em jogo. A ordem centuriana; a vida das criaturas claras; meu sol. Por isso, eu precisava reagir. Já havíamos passado por tantas coisas e não seria justo que após tantos desencontros fôssemos separados novamente. Repassei os ensinamentos da feiticeira-anciã. A resposta, ela dizia, está dentro de nós. É preciso acreditar na magia. Foi então que percebi: eu não lutava apenas contra os meus inimigos. Lutava contra o peso da realidade e de minhas próprias limitações".
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Eu nunca havia lido nenhum livro da Bruna. Aliás, há pouco tempo foi que a conheci nessa vida de blogueiro que todos temos. Quando li suas entrevistas, fiquei muito, muito curiosa a respeito do livro. Afinal, sou super fã de romances sobrenaturais e literatura fantástica.
Centúrias é um livro gostosinho de ler, como todo romance infanto-juvenil. Os elementos fantásticos, como corujas e gatos que falam, amuletos que reproduzem nossos pensamentos... todas essas coisas me remetem a Harry Potter, bruxinho por quem todos temos muito carinho.
As enrascadas em que Aylá se mete por sua inexperiência com o sobrenatural são hilárias e há todo um clima de pureza que envolve a história. E quando ela encontra Igor Telfort, então, mais confusões aparecem.
Não era o tipo de enredo que eu esperava quando comprei o livro, mas gostei do que li. O único “pecado” pra mim, foi o estilo da narrativa da história – ou a falta dele. Narrador observador e narrador personagem se misturam no desenrolar da história. Num parágrafo, temos a protagonista contando a história; noutro, a narração é em terceira pessoa. Pra mim, a história deveria ser contada toda por Aylá, a protagonista, ou toda em terceira pessoa. No estilo do livro as coisas ficaram um pouco confusas.

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